sábado, 2 de julho de 2011
A comovente festa no hipermercado
Ao passar o cartão, a tela do computador anuncia que aquele é o mes do aniversário da cliente. Um grupo de 5 ou seis embaladores de compras e gerentes entoam um parabéns, a cliente disfarça a emoção: "obrigado pessoal", todos (cloeintes, seguranças, funcionários) entoam o parabéns.
Inesperados da festa do casamento
Ela chegou e o noivo sobre o bolo era loiro, como iriam trocar aquela altura? Depois eu esqueci o buque de jogar sobre a mesa da igreja. Tomei sedativos para entrar na igreja, e o vestido ficou mais longo, para não pisar na bainha entrei segurando o vestido.
Os risco da B1
Como gostava de B1, caiu a cara dele, enrugou e caiu. Foram descobrir, era o remédio, desmancha até a face.
Nossa filha nos atende pouco
Ela tornou-se uma especie de chofer. Quando temos um médico, uma consulta, uma coisa, ela prontifica-se: o que a ocupa tanto? Onde ela anda? O que ela faz?
Não posso ter filhos
Quando meu filho se acidentou, achei que era por que quando eu estava grávida dele pulava da escada para abortar. E antes queria muito, passou varios anos tentando: via as indias na rua da praia com filhos: " como eles podem ter e eu não?"
O sonho do padre
Interessante, se estou parado enxergo o fenômeno. Tenho só o sentimento daquele sonho. A passagem não lembro, eram tres pessoas que me interrogavam.
Não tem vindo mais estrelas
Já reparou, não tem vindo mais estrelas. Em Sarandi, quando agente era pequena, tinham noites estreladas... Hoje os cravos não tem cheiro, as frutas não tem gosto.
Que pastel!
Agente olha aquele pastel do mercado, lindo....o pessoal diz, "que pastel!"
Dou tudo pras pombas.
Dou tudo pras pombas.
A orfã
No enterro, lembro que seguia o féritro sozinha de chinelinho. Lembro da vergonha de estar sozinha, de não ter vestido roupas adequadas. Até uma tia vir e dar a mão.
O enterro do marido
Levei aquele choque. A kombi da funerária fez a volta na frente; me admiro como não levei uma coisa mais grave.
A missa na praia
Voltava da missa na praia à pé. Nos outros anos não achava graça, por que não vai comer sorvete lá fora? Em outros tempos não achava graça, ficava atrás da vidraça vendo, por um canto se vê o mar.
A chuva inesperada
Fique nesta loja que eu volto com a sombrinha. Espero a moça voltar, enquanto a tromba de agua só se mantém forte. Fico com as compras do supermercado. Muito tempo se passa até que um céu róseo e amarelo, prenuncia o triunfo de Sta Clara sobre a chuva, sigo andando sobres as poças, grossos pingos das árvores, onde mesmo é minha casa agora?
O normal
Durante a semana a coisa flui naturalmente (normalmente), tirando uma chamada ou outra que ele não atende
Pássaros/curruira
Eles entendem, são mesmo que gente, cabelo amarelo como o da neta: "tu veio ver a vovó". Fica no secador que bota calcinha, assim.
Avenida Brigadeiro Faria Lima
No início da noite de sábado, um onibus vazio mas muito iluminado
só com uma passageira, uma mulher muito feia,
vai lentamente, todos os edificios com o pé direito descomunal.
só com uma passageira, uma mulher muito feia,
vai lentamente, todos os edificios com o pé direito descomunal.
Não se volta a lugares da juventude
Perdido em uma cidade desaparacida. Peguei um õnibus em Porto Alegre e desci em Sta Maria: quando voltei não tinha ninguém. Era uma manha de neblina, todos caminhavam rápido, até o pé falseava. Não se volta a lugares da juventude.
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